Tenho me sentido muito ansiosa nos últimos tempos. É ansiedade pelo futuro, sabe? Mas não o futuro de um modo geral, é o “logo depois”, o “instante seguinte". Cada momento de pequenas coisas depois do que estou vivendo agora.
É uma pira, eu sei, mas não tenho controle para a ansiedade não me alcançar. Ela vem e me invade. Então, o que posso fazer, é buscar estratégias de sobrevivência.
Muitas vezes não consigo e essa é a grande verdade com a qual preciso lidar. Rs Mas existem aquelas outras vezes, quando eu dou um jeitinho de ir driblando o mundo da ansiedade que se instala no meu cérebro. E quando eu consigo ler, qualquer coisa que seja, eu me acalmo. Você acredita?
Pode ser uma bula de remédio, pode ser os trânsitos lunares dos próximos dias, pode ser um livro, pode ser matéria de jornal. Leitura funciona para mim mais do que qualquer coisa.
Aos poucos eu estou catalogando os gatilhos. Depois que passa, geralmente consigo pensar quais foram os eventos anteriores que me levaram até aquele ponto. E tem um aspecto dessa descoberta que nem sempre me faz sentir bem: É quando percebo que minha ansiedade mora em eventos passados. Eu fico ansiosa em como será o meu próximo encontro com alguém que me fez mal, sabe? Isso é foda!
Seria ótimo poder resolver tretas antigas com uma noite de sono ou um banho da cabeça aos pés. Seria ótimo esquecer, limpar a escuta e esvaziar os códigos gravados no HD da minha cabeça. Assim eu me daria a oportunidade de desfazer padrões mais facilmente...
Mas eu não consigo, não sem muito foco e disciplina. Esses dois são inimigos do medo de falhar, só que o medo de falhar é do tamanho de um lutador de sumô. Aí já viu, né? Eu mesma, filha da coragem, olho para o futuro e tenho medo. É isso, tudo não se pode!
Já vivi muitos momentos enfrentando meus medos e sei que ainda viverei tantos outros, mas ainda não ganhei todas as lutas contra minha ansiedade. Talvez, quando eu parar de querer ganhar, eu sinta que cheguei num lugar melhor, apenas sem perder.
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