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05 livros de autoria negra (da nossa lista de desejos)

Tenho um segredo para contar: Não é só novembro que a gente lê ou indica livros de autoria negra. Então, para que você possa descobri mais possibilidades de consumir e se deliciar com essas narrativas, deixamos aqui 05 (cinco) livros da nossa lista de desejos para que você possa salvar e ler com a gente.


1. Flores Roxas - Viviane de Paula | @pretapoesia
Viviane de Paula | Foto de Reprodução

[SINOPSE] Flores Roxas é uma coletânea de poemas sobre autoestima, identidade, ancestralidade, feminilidade, perdas e reencontros, que perpassam pela realidade feminina do século XXI. Lançado em 2021 pela Editora Patuá, a obra de estreia de Viviane de Paula dialóga com as poéticas de outras artistas afro-brasileiras, africanas e afro-americanas, com as quais teve contato por meio de grupos de mulheres, dentre eles, os que conheceu em Cairo (Egito), Buenos Aires (Argentina) e Nova Iorque (EUA), que foram fontes de inspiração para escrita deste livro.

Removendo espinhos e plantando flores pelo seu caminho, a autora dedica suas páginas a poéticas afetivas, sociais, de identidade e de autoamor, destinando, também, espaço para metáforas, jogos de sentidos e intertextualidades com outras autoras, suas vozes e narrativas.


[Sobre a autora] Nascida em Campinas, interior de São Paulo, Viviane de Paula é educadora, escritora, designereducacional, modelo performática e pesquisadora em literatura afro-brasileira, africana e afro-americana, graduada em Letras (português e inglês) na PUC-Campinas e pós-graduada em Design Instrucional no Senac. Em 2015, submeteu o seu primeiro conto em um concurso literário na PUC-Campinas, o qual obteve grande destaque. A partir de então, começou a dar mais atenção ao que escrevia, tratando, assim, com maior afetividade os seus textos. Foi nesse ano também, com o incentivo de amigos, professores e familiares, que começou a publicar poesias, contos e crônicas em coletâneas e antologias nacionais e internacionais. Sua escrita perpassa por diversos gêneros literários, sendo este o lugar em que se encontrou, descobriu-se e reencontrou-se como mulher afro-brasileira. Você pode conferir mais no seu blog @pretapoesia.


2. Assata: Uma autobiografia - Assata Shakur
Assata Shakur | Foto de Reprodução

[SINOPSE] Em sua autobiografia, Assata Shakur entrelaça duas narrativas. Em uma, fala de sua infância e juventude como menina e mulher dentro da comunidade negra estadunidense entre as décadas de 1940 e 1970. Na outra, conta sua trajetória como ativista antirracista, sua passagem pelo Partido dos Panteras Negras e pelo Exército de Libertação Negra, e as estratégias do FBI que a levaram a ser injustamente condenada pela morte de um policial ocorrida durante a emboscada cinematográfica em que foi presa. Desde os anos 1980, Assata vive exilada supostamente em Cuba.

Capa do Livro Assata: Uma autobiografia

Publicada em 1988, com prefácio de Angela Davis e Lennox Hinds, "Assata: Uma Autobiografia" escrito pela revolucionária Assata Shakur chega ao nosso país nesta edição histórica da Pallas Editora, autorizada pela autora. Convidada para escrever a apresentação brasileira, a historiadora Ynaê Lopes dos Santos, especializada em escravidão nas Américas e autora Pallas, destacou que "toda a vida de Assata Shakur vale a pena. E nada do que eu disser pode chegar perto da potência e da vivacidade com as quais Assata narra sua vida".

"Esta autobiografia é a materialização do conceito de escrevivência cunhado por Conceição Evaristo. Sendo assim, se me cabe dar um conselho para quem (pelas mais variadas razões) se deparou com este livro, é: leia-o, e se deixe afetar", avança Ynaê, num texto elucidativo. De fato, o legado de Assata para a luta antirracista é fundamental e, certamente, ecoa nos protestos de hoje, como o Black Lives Matter - Vidas Negras Importam, como é chamado por aqui. A leitura dos seus poemas vem inspirando essa nova geração no enfrentamento do racismo.


3. Planta Oração - Calila das Mercês | @dasmerces
Calila das Mercês | Foto de Reprodução

[SINOPSE] Planta Oração, de Calila das Mercês, é livro-poema-conto que faz a junção da oralidade com a ancestralidade. São as aberturas dos contos, criadas a partir de um som ritmado, que nos lembram de mantras ou ladainhas e vão se apresentando em repetições, que acolhem o ouvido e nos preparam para um novo conto-oração. Cada texto forma um galho desse tronco-texto carregado de memórias-palavras da autora, e foi publicado pela Editora Nós.

[Sobre a autora] Calila das Mercês nasceu em Berimbau/Conceição do Jacuípe (BA), e mora em Brasília (DF). Poeta, jornalista, pesquisadora e doutora em Literatura pela Universidade de Brasília. Possui textos literários em publicações brasileiras e internacionais. Planta Oração é seu primeiro livro de contos. E é uma companheira por aqui, já tendo participado em algumas de nossas ações como a mesa 'Caminhos na escrita negra baiana' no I Seminário LMN: Escrita e Pensamento de Mulheres Negras, em 2020, que teve como objetivo, pensar a literatura baiana a partir da perspectiva de suas autoras e foi composta por Aidil Araújo Lima, Calila das Mercês e Lívia Natália, a mediação ficou por conta de Evelyn Sacramento.


4. Pela hora da morte - Nathallia Protazio | @nathalliaprotazio
Nathallia Protazio | Foto de Reprodução

[SINOPSE] Em crônicas bem-humoradas e críticas, a farmacêutica Nathallia Protazio narra sua vivência profissional e pessoal durante a pandemia da covid-19 – desde os atendimentos em seu trabalho na linha de frente do combate ao vírus até os sentimentos provocados pelo impacto do isolamento social em sua vida: o medo, a solidão, as crises de ansiedade, os contatos virtuais, tudo reunido no seu livro 'Pela Hora da Morte', lançado pela Editora Jandaíra.

O escritor Evanilton Gonçalves destaca no texto de apresentação: “Vinda do agreste pernambucano e atravessando muitas fronteiras até se manter atualmente em Porto Alegre, Nathallia Protazio conduz aqui um ritmo particular que imprime em nós um fascínio irresistível por ler mais e mais as suas crônicas.”


[Sobre a autora] Nathallia Protazio é pernambucana, farmacêutica e escritora. Já morou em muitos lugares, incluindo São Paulo e Lausanne, Suíça. Hoje vive em Porto Alegre/RS, onde atualmente se divide entre crônicas, mestrado em psicologia social, edição da Revista Parêntese e os bares da Cidade Baixa. Confira seu texto 'As mãos de quem não espera' na Revista Jezebel.


05. A Menina dos Cabelos de Algodão - Wynne Carvalho | @wynnecarvalho
Wynne Carvalho | Foto de Reprodução

[SINOPSE] Dada é uma menina pretinha que adora usar o seu cabelo crespo solto em um lindo black power. Ela não consegue entender o motivo de outras pessoas insistirem que ele ficaria melhor preso, chamando-o até de "cabelo duro". Como assim? Como um cabelo tão macio e que ama brincar com o vento pode ser duro? Com a ajuda de sua mãe, Nyota, Dada chega a uma conclusão: o seu cabelo é cabelo de algodão.

Com nomes africanos, os personagens carregam traços pensados com cuidado para gerar identificação nas crianças. O objetivo do livro é falar sobre auto amor, autoestima e representatividade de forma leve e dinâmica. Segundo a autora, o livro é ilustrado de forma que crianças que ainda não sabem ler conseguem entender a narrativa.


[Sobre a autora] Jornalista, Pós Graduada em Comunicação e Design Digital (ESPM/SP), Escritora, Social Media e Community Manager. Em fevereiro 2022 lançou o seu primeiro livro, chamado “A menina dos cabelos de algodão”, fruto de um concurso da Editora Uirapuru, ganhando o 1º lugar na categoria literatura infantil. Hoje, atua como redatora atendendo 'O Boticário' na W3haus.

E aí, qual desses já entrou para sua lista de desejos?

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