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05 autoras baianas para conhecer


Mariana Madelinn, Hosanna Almeida, Carla Brito, Laísa Costa e Anajara Tavares (da esquerda pra direita)

Não há nada mais gostoso do que descobrir novos livros e novas autoras para compor nossa vida e momentos né?! Por aqui já passou muitas escritoras legais, seja nos encontros como convidadas ou ouvintes, como parceiras ou oficineiras e até mesmo como homenageadas. E cada dia mais temos descoberto novas riquezas por esse mundo afora. Mas hoje, vamos indicar 05 autoras baianas que lançaram livros recentemente e que vocês precisam acompanhar. Vem com a gente nessa tour!


01. Mariana Madelinn | @madelinnautora

nasceu no inverno de 1994, em Salvador. É baiana com orgulho, bissexual, bacharel em Direito e não consegue imaginar uma realidade em que não esteja escrevendo.


Desde 2009 publica poesias na internet, que podem ser lidas tanto no seu Medium, quanto no IG @cantaravida. A partir de 2018, começa a se aventurar na Amazon, contando histórias de pessoas reais que normalmente têm de aprender a lidar com seus poderes, alguns desses títulos são: A TRILHA - Recomeços, que conta a história de Marylin, uma adolescente comum, que vive em Salvador. Exceto pelo fato de que sua mãe e sua vó sabem demais sobre uma aldeia no interior da Bahia. Talvez ela perceba o quanto o passado e o presente se misturam em sua história. Talvez depois de herdar o diário de sua vó, a sua vida vire de cabeça pra baixo. Seus ancestrais podem estar solicitando que ela cumpra uma missão.


As Inverdades Nunca Ditas é outro eBook disponível, neste uma cigana misteriosa percorre a Bahia por um século inteiro. Suas andanças escondem um poder... Seria um presente ou uma maldição? Você decide! Mas de antemão aconselho: cuidado com seus segredos, sabe-se lá o que o alheio vai digerir daí! Contamos também com A-mar: poemas e prosas sobre o sentir e seu mais novo projeto Pyra: Ironias poéticas que queimam. Tendo, ainda, contos espalhados em antologias das editoras Corvus e Maria Bonita.


02. Hosanna Almeida | @hosannaalmeida

é soteropolitana. Graduanda em Artes pela Universidade Federal da Bahia, é compositora, cantora e integra o projeto intitulado música do mundo. Em 2020 foi selecionada no Edital do Itaú Cultural de Literatura com a poesia depois de tudo. Também está presente na antologia de contos Soteropolitanos, organizada por Matheus Peleteiro. E muito dos seus escritos você poderá conferir na Revista eletrônica da Mormaço, editora independente de literatura brasileira contemporânea e também no seu Medium. Em 2021, lançou o livro de poesia 'A Anatonia dos parênteses' pela Editora Urutau, sobre este livro, Lorena Ribeiro diz:

A anatomia dos parênteses é iniciado com poesia homônima, costurada por linhas da oralidade baiana, que permanece presente em todo o livro, nos dengando com a fluida escrita de Hosanna Almeida, que brinca com as palavras e presenteia quem as lê com uma estética muito característica, trazendo em seus textos a geografia e culturas de uma Salvador enérgica. As cenas descritas são palpáveis, nos permitindo facilmente imaginar cada detalhe, sentir os cheiros, o calor, o toque ácido de críticas sociais em meio a belas metáforas. Este é um livro que vai te provocar de diversas maneiras. Atenção aos detalhes! Hosanna, a Academia te espera (desejo que até lá, ainda existam as cadeiras… e as letras).

03. Carla Brito | @soucarlabrito

nasceu em 4 de maio de 1996, com raízes nas cidades de Salvador e Irará, costuma dizer: “meu sangue latino é banhado por dendÊ”. Está psicóloga em formação na UFBa, e, por ela também é graduada pelo Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades.


“Taunina: entre escrevivências e poesias” é o primeiro livro publicado de Carla Brito, e nele, a autora conta, sobre o seu processo de tornar-se negra; histórias frustradas de amores que culminaram em aprendizados e fortalecimento; angústias, medos, desejos e questionamentos surgidos durante a pandemia da covid-19; compartilha reflexões sobre o existir de seu ser; e deixa sua saudação, reverência e respeito à sua ancestralidade. A obra foi lançada em 2021 pela editora Pinaúna.


Em 2022, lançou o seu segundo livro de poesia "sinto", composto por trinta e um poemas, que abordam temas envolvendo relacionamentos amorosos: a dor da despedida ou do fim previsto; do prazer de se sentir amando ou amado(a) em atividades do cotidiano; da efemeridade de relações contemporâneas mediadas, sobretudo, pela comunicação virtual. Todo mundo conhece "sinto", mesmo que o vivencie de diferentes formas. "sinto" é, inevitavelmente, um livro de amor, mas em que o "felizes para sempre" não se faz presente que você pode encontrar em eBook ou em versão fanzine, feito pela autora.


04. Laísa Costa | @laisagcostaa

é soteropolitana, mulher negra, nascida na terra do dendê. Educada pela tríade feminina: sua mãe, avó, bisavó, e com a força do seu Pai (in memoriam). Formou-se em Comunicação pela Universidade Católica do Salvador, especialista em gestão estratégica de comunicação organizacional e relações públicas pela USP. Escreve desde a adolescência, motivada pelas cartas que recebia de seu pai na juventude e seu primeiro texto "Terekê" publicado no livro Escritas Femininas em Primeira Pessoa, textos no e-book Fôlegos: Sopro coletivo, e o texto "Renascer", publicado no livro Antologia. Criadora do projeto "Pílulas do entardecer" que motiva pessoas à leitura. Com seu Axé, segue andarilha do mundo!


O livro 'Corpos em Diáspora' lançado em 2021 pela Editora Letramento reúne quarenta poemas de Mila Rodrigues e Laísa Costa que transitam sobre as andanças de ambas pelo mundo. Os escritos falam de chegar a algum lugar; sobre presença ou estadia; das dores da partida, além da que esse espaço ou território provoca.


É resultado das andanças destas duas mulheres, nascidas em Cuiabá e Salvador, que se entendem como filhas da diáspora: ora se afetam na permanência, ora se inquietam com as recriações de expulsão e dispersão antes vividas por seus ancestrais, e que agora incidem sobre seus próprios corpos. Neste livro, você encontrará textos de momentos e lugares distintos, colocando-as também como pessoas em constante transformação, em uma busca eterna pelo lugar que poderá acolher a existência delas, sem ressalvas.



05. Anajara Tavares | @anajaratavares

natural de Salvador - Bahia, mãe de Flor de Lis, filha de dona Jarinha, é graduada em fonoaudiologia pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Consultora de amamenta­ção e facilitadores de colo, Agente de Endemias, Sacoleira. Uma mulher africana em diáspora.


Os saraus negros da cidade forjarama poeta que aflora a cada linha escrita. Publicações di­gitais em: Colchas de Retalhos (2016/2018); #lendovocês no Lendo Mulheres Negras (2018/2019); Literatura Negra Feminina (2020). As publicações impres­sas se dividem em coletâneas. Outras Carolinas - Mulherio das Letras Bahia (2016, ed. Penalux), sendo também organizadora, mais sete coletâ­neas transportam seus escritos pelo mundo. É poeta residente e contribui com o Sarau Bem Black desde 2016.


Kama - Contos e Poemas Eróticos (2017 e 2020, ed.Cogito); Coletânea Nas Teias de Eros (2017, ed. Darda); Coletânea Poética periférica: novas vozes da poesia soteropolitana (2018, ed. Gali­nha Pulando); Coletânea Mulher Poesia - An­tologia poética (2018, ed. Cogito); Antologia O diferencial da Favela, dos contos aos poemas de quebrada (2019, ed. Galinha pulando); Co­letânea Escrituras negras - A mulher que reluz em mim (2020, ed. Ixtlan); Cadernos Negros 43 (2020, ed. Quilombhoje); Literatura Negra Fe­minina - Poemas de sobre(vivência), Antologia poética (2021, ed. Mjiba); Bahia das mulheres, vol. 2 (2021, Saga Editora).


Em 2021, Anajara lança seu livro solo de poemas, Unguento, pela Editora Segundo Selo, na Coleção DasPretas, sobre ele Luciana Sacramento Moreno Gonçalves pontua:

O livro inteiro é rio correndo, cachoeira se precipitando despenhadeiro abaixo. E lê-lo de alguma forma nos exige um rasgar-se, um lapidar-se, um ressurgir do caos constante. Mas não há o que temer: a lama que adentra nossas casas pelas frestas não é para virarmos esgoto, mas é o molde para expressarmos as “exímias oleiras de um novo vaso”. Esse passo entre a queda e o rodopio musicado pelos poemas denuncia que somos aladas e podemos sim nos atirarmos ao vazio. Nossas asas se abrirão e nos farão voar.

Gostou dessas indicações?

Conta para gente, quais escritoras baianas você conhece?


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