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Só um golinho


Geminiana | Arte Digital: Adriele Regine

Na última coluna eu contei que o ano estava começando para mim. E desde então, entrei por um caminho sem retorno, onde sigo me arriscando a ser eu neste ano novo. Esse tipo de decisão, quase sempre, vem junto com algumas certezas, crenças, limites e obstáculos dos mais diversos.


Não tá fácil, mas eu me percebo cheia de gás para driblar os lances, sabe?

Estou em ritmo de futebol! rsrs


A dinâmica da minha vida sempre me pediu movimento. O vento e o fogo não param de dançar comigo, de dançar para mim. Mesmo quando estou quieta, navegando em minhas águas profundas, estou criando estratégias para só ser.


Os acontecimentos que pedem resposta de uma mulher preta, mãe, que quer escrever, que quer curar suas enfermidades, quer cuidar e criar sua prole, quer trabalhar, amar e gozar, são muitos.


E eu tenho a chama invisível que me impulsiona a ouvir, tentar entender, respeitar, aprender, sofrer e também, me proteger. Estou completamente empolgada por tudo o que está por vir, porque estar vivo é mesmo um presente.


Só que a gente nem sempre consegue aprender rápido, que nada vai cair no nosso colo. Então para “fazer o que precisa ser feito” a gente tem que se ocupar da nossa vida. Eu acho que já falei sobre isso aqui, porque o comprometimento com as nossas realizações é trabalhoso e precisa manter um ritmo ativo.


É bem parecido com aquele lance de treinar na academia. Quando você para um dia, voltar é uma dificuldade enorme. Assim é com as coisas mais simples, quando paro de beber água ou de escrever, voltar é muita luta. rs! E as paranóias chegam valendo, para nos paralisar na dúvida, nos medos.


Há algumas semanas eu estava muito dedicada no meu propósito, e me perdi (como diria Jojô! rs). Sempre vão existir variantes incontroláveis, como doenças, despesas que desorganizam planos, sustos, perdas. A gente precisa sentir o impacto do freio, e no meio do caos tentar balançar ainda mais o corpo. Tem bagunça que reorganiza a nossa vida, e a gente só percebe depois que tudo toma seu novo lugar de assento.

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