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Como todas as histórias começam?


Adriele Regine - Imagem Pessoal

Um desejo, um querer, uma necessidade...


Não sei precisar. Mas elas começam, transformam, moldam, mudam, crescem. Tudo o que sei, é que elas iniciam ainda crianças, pequenas, embriões. E no ser criança há brilho nos olhos, curiosidades, descobertas, alegrias, tato, fato, contato, cheiro e sabor. No ser criança há gargalhadas de doer a barriga, há teorias científicas só nossas comprovadas com uma imaginação impecável, tem também muitas aventuras e planos que as vezes se realizam logo, outras fica para quando crescer.


E nesse 'quando crescer' que se faz o adulto (e também as realizações ou não!), se faz também o começo de novas aventuras. Que se (re)configuram em: escolher qual curso fazer ou se vai fazer, com quem namorar, se vai casar, se vai comprar uma casa, um carro, uma moto, ter filhos, ter cachorro, talvez gatos. Ser solteira, ser independente, morar na capital ou no interior, mudar de cidade, mudar de país, ter estabilidade financeira, lidar com um turbilhão de informações. Trabalhar com a comunidade, trabalhar sozinho, fazer terapia, cuidar da saúde, fazer exames, ser sedentária, ajudar seus pais, tias ou avós com a internet, investir na bolsa ou ter poupança, ler jornal, assistir jornal, trocar os óculos, ter um negócio próprio. Assinar uma plataforma de filme, de música, ouvir podcast, cancelar um assinatura ou conta de telefone, fazer mercado, comprar coisas na internet, estudar para um concurso público, seguir carreira acadêmica. Ir num show da sua banda favorita que ninguém conhece ou daquele cantor que você aprendeu a ouvir com a sua mãe, mas quase nenhum dos seus amigos gostam. Viajar o mundo, ler muitos livros ou nenhum, talvez um áudio book, encher a prateleira de livros de autoajuda e nunca ler, conhecer gente, brigar com muita gente, assistir uma comédia romântica bem melada para rir, chorar ou detestar. Eleger um presidente, brigar com uns parentes, ser rica ou pelo menos conseguir pagar as contas, ter um creme para cada parte do corpo ou escolher só um sabonete que já tá de bom tamanho, performar que deu muito certo na vida ou ser o fracasso aos olhos da família mas feliz com o que você escolheu, ser pessoa pública, ser pessoa anônima, ter um hobby nada haver, trabalhar na internet ou num escritório, abandonar a faculdade, recomeçar numa outra profissão bem diferente da que você escolheu aos 16 - 18 anos. Querer ser atriz, cantora, dançarina, médica, escritora tudo ao mesmo tempo (um beijo para minha mãe, meu pai e para você Xuxa - entendedores, entenderão, rs)... ufa!


São tantas escolhas, tantos caminhos, tantos nãos e sins, que nenhum ser criança poderia imaginar. Mas é ela que nos possibilita inventar futuros, soluções e realizações. Não poderia deixar que esse Outubro, denso e tenso, passasse sem que pudéssemos celebrar as nossas crianças, estas que possibilitaram que os adultos do lado de cá pudessem ser e acontecer para festejar esses seis anos da criança LMN.


Festejar esse futuro que virá, com esperança e estrela brilhante no peito, para que possamos acreditar de novo, para que possamos voltar a sorrir como as crianças que fomos. Seguir inventando e criando arte, aprendendo a ler para ensinar nossos camaradas e ter fôlego renovado para viver quatro anos de um governo real, afetuoso, amoroso e feliz. Este ano, de 2022, foi muito difícil para nós. Ano que nos paralisou, em muitos momentos, ano que nos entristeceu e nos silenciou, mas eles combinaram de nos matar, e nós combinamos de não morrer, parafraseando Dona Conceição Evaristo.


Ainda estamos aqui, ainda estamos lutando e vencendo os dias mais tenebrosos. Esperando que 2023 venha recheado de boas novas, de olhos brilhantes e muitos sonhos de vida plena. Com abraços, carinhos e beijos reais, com lançamentos e livros, encontros e mais de nós. Que tudo seja muito mais vermelho, amarelo e verde.


Esse é o meu desejo para nós!

Esse é meu primeiro texto nessa coluna que começa na Revista Virtual Seja Extraordinárias em 2018 e hoje compõe o Blog LMN em 2022.

Eu sou Adriele Regine, e esse é o Desatando Nós.

Seja bem-vinda ao meu universo!



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